Eu ando lendo mais contos desde que comecei no Instagram, e tem sido um aprendizado muito feliz. Eu descobri autores novos, e também reaprendi a amar autores com quem já tive contado.
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Um deles é Ray Bradbury. E essa edição de “O homem ilustrado’ me fez recordar o que amo em ficção cientifica, que são aqueles momentos de conflito filosófico e existencial da raça humana.
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O livro contem uma série de contos conectados pela história central do Homem Ilustrado, um homem comum em um “circo dos horrores” que, buscando destaque, vai ter o corpo tatuado por uma misteriosa senhora que se diz viajante do tempo. Cada tatuagem é única e animada, e supostamente contém uma possível versão do futuro. As história são muito boas, e, como sempre, o conflito entre tecnologia, modernidade e a psique humana está no cerne da questão de cada tatuagem/conto.
Os temas são muito interessantes. Temos negros colonizando Marte, recebendo a visita de exploradores brancos em ” O jogo virou “; um astronauta tentando desmascarar Jesus Cristo , quando esse visita outros planetas em ” O homem”; robôs organicos tomando o lugar de humanos descontentes com a vida em “Marionetes S.A”. E, claro, temos o famoso conto ” O homem foguete “, que inspirou Elton John a escrever a canção “Rocket man” .
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Se você já leu ” Prazer em queimar”, uma coleção de contos do autor lançada em 2020 pelo selo Biblioteca Azul, pode achar o livro um pouco repetitivo, porque uma ou duas histórias originais de O Homem Ilustrado ( que é do ano de 1951) estão presentes naquela coletânea, ainda que levemente modificadas. Fora isso, não tenho do que reclamar. São contos que retratam bem o cotidiano do norteamericano nos anos 1950, e sua relação com o espaço e o desconhecido.
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Os contos de Bradbury são recheados de pequenos momentos para reflexão, e se você quer ler ficção cientifica, e não gostaria de se comprometer com textos grandes ou muito complicados, acho que “O Homem ilustrado” é uma ótima pedida, principalmente para leitores iniciantes.
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